Cynthia Maria Pina Rezende, eleita recentemente como presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, assumirá o comando do Governo do Estado pelos próximos 10 dias, em decorrência da viagem internacional do governador Jerônimo Rodrigues. Este momento marca um histórico avanço no empoderamento feminino, sendo apenas a segunda mulher a ocupar interinamente o cargo máximo do executivo estadual.
A desembargadora, originária de Aracaju e homologada como desembargadora na Bahia em 1984, recebeu 46 votos para presidir o TJ, tornando-se a quarta mulher a ocupar essa posição no estado. Seu mandato é marcado por uma trajetória de comprometimento com a justiça e a equidade.
A responsabilidade é ainda maior, uma vez que Maria Pina Rezende, ao assumir temporariamente o comando do executivo, abre mão da linha sucessória que deveria ser seguida pelo vice-governador Geraldo Júnior, evitando assim complicações legais que o impediriam de concorrer à prefeitura de Salvador, segundo a legislação eleitoral.
A recusa do cargo pelo presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Menezes, também foi um ponto de destaque. Sua eventual assunção ao executivo estadual o tornaria inelegível, assim como sua esposa, pré-candidata a prefeita de Campo Formoso.
Este evento coloca em evidência não apenas a capacidade e competência da desembargadora Maria Pina Rezende, mas também os desafios enfrentados pelas mulheres na esfera política e administrativa, em um momento crucial para a história da Bahia e do Brasil.
Jornalista, formada pela Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC, em Salvador- BA, pesquisa e produz conteúdos para web e redes sociais. No Vixe Bahia, trabalha na pesquisa e criação de artigos e noticias sobre Salvador, região metropolitana, interior da Bahia, dentre outros assuntos relacionados.