O grupo Casas Bahia anunciou um acordo de recuperação extrajudicial com os dois principais credores da varejista, Banco do Brasil e Bradesco. O contrato, que visa reestruturar as dívidas da empresa, foi analisado pelo especialista Bruno Meyer durante o Jornal da Manhã.
O acordo, comunicado neste domingo, envolve dívidas que ultrapassam R$ 4 bilhões e 100 milhões, sendo os dois bancos responsáveis por mais de 54% desse montante. Bruno Meyer explicou que a recuperação extrajudicial difere da recuperação judicial, sendo um processo mais rápido e simples, e permitirá à Casas Bahia alongar suas dívidas e reduzir os custos financeiros.
Com o acordo, a varejista aumenta o prazo de pagamento das dívidas de 22 meses para 72 meses, preservando mais de R$ 4 bilhões de seu caixa, sendo R$ 1 bilhão apenas em 2024. O CEO do grupo Casas Bahia, Renato Franklin, expressou satisfação com o resultado, destacando o sucesso do plano de reestruturação da empresa até o momento.
Durante o período de 12 meses, a Casas Bahia implementou um agressivo plano de reestruturação, que incluiu a demissão de 8.600 funcionários, o fechamento de quatro centros de distribuição e 55 lojas. Apesar das dificuldades enfrentadas, o CEO ressalta que o acordo é um passo importante para a empresa.
A recuperação extrajudicial da Casas Bahia chega em um momento de transformação no varejo brasileiro, com a entrada de concorrentes estrangeiros e desafios para as empresas locais. O acordo representa um alívio financeiro para a varejista, que agora busca seguir adiante com seu plano de reestruturação e se adaptar às novas demandas do mercado.
Miquéias Santos é um jornalista focado em cobrir as principais notícias de Salvador, destacando-se por seu compromisso em trazer informações atualizadas e relevantes sobre a cidade e seus acontecimentos.