Salvador: mulher detém agressor que filmou suas partes íntimas em supermercado

Em entrevista à TV Bahia nesta terça-feira (14), a vítima contou que não percebeu que o agressor a cercava constantemente para fazer as filmagens

Mulher tem partes íntimas filmadas em supermercado e detém o agressor

Uma mulher teve suas partes íntimas filmadas dentro de um supermercado em Salvador na noite desta segunda-feira (13). Em entrevista à TV Bahia nesta terça-feira (14), a vítima contou que não percebeu que o agressor a cercava constantemente para fazer as filmagens, pois estava concentrada em suas compras. Foi outra mulher que alertou a vítima.

“Na mesma hora, ela me avisou e eu gritei: ‘Pode parar aí’. Segurei ele. Eu vi a câmera do celular aberta, ele tentou esconder, tentou fugir, mas eu o segurei pelo ombro e falei ‘você não vai fugir, vai ficar aqui e vai abrir o celular agora'”, relatou a vítima.

O agressor, que tem cerca de 1,60 metros de altura, tinha várias filmagens em seu celular, incluindo outros registros não autorizados de mulheres no mesmo local e em outros lugares. A vítima conseguiu apagar todas as gravações que ele fez e estavam na lixeira do aparelho celular.

A mulher e o agressor foram conduzidos à Central de Flagrantes para registrar a denúncia. Segundo a Polícia Civil, os envolvidos foram ouvidos na unidade, sendo lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O agressor foi liberado em seguida.

Agressor alega ter depressão e acha absurdo ir à delegacia

Durante a entrevista, a mulher contou que o agressor achou um absurdo ter que ir à delegacia prestar depoimento por causa de “alguns vídeos”. Ele afirmou ter apagado o vídeo que fez da vítima e alegou ter depressão. No entanto, ela não se convenceu e disse que o agressor precisava ser punido pelo que fez.

“O mais revoltante dessa história foi o fato dele achar que estava certo. Ele achou um absurdo ir para a delegacia por causa disso. Ele falou que já tinha apagado o vídeo e tinha depressão. Falei ‘Não interessa, você faltou com o respeito e tenho certeza que já fez isso antes’. Aí ele disse: ‘Não preciso ir preso por causa de um vídeo’, achando completamente normal. Inclusive, o advogado dele tentou me persuadir na frente de todo mundo a desistir [da denúncia], tentou me convencer”, revelou a vítima.

Ela ainda comentou que nunca imaginou que passaria por uma situação como essa e que, apesar de ter vontade de bater no agressor, decidiu ficar tranquila para não perder a razão diante das câmeras e das várias testemunhas presentes no local.

Conscientização sobre a importância do respeito à intimidade

Esse tipo de violência não é incomum no Brasil, e é preciso conscientizar a população sobre a importância do respeito à intimidade e à privacidade de cada indivíduo. O registro não autorizado de imagens íntimas é crime e pode gerar punições legais para o agressor. Além disso, é fundamental que as vítimas sejam encorajadas a denunciar essas situações e que a justiça seja feita.

Infelizmente, muitas vezes as vítimas não denunciam por medo, vergonha ou falta de conhecimento sobre os seus direitos. Por isso, é importante que haja campanhas de conscientização e que sejam oferecidos canais de denúncia acessíveis e seguros.

As autoridades também precisam agir com rigor para punir os agressores e coibir esse tipo de violência. É preciso que haja políticas públicas efetivas para garantir a segurança e a integridade física e emocional das mulheres e de todas as pessoas que são vítimas de violência.

Em resumo, é fundamental que a sociedade como um todo se mobilize para combater a violência contra as mulheres e garantir que elas possam viver em paz e segurança. O respeito à intimidade e à privacidade é um direito fundamental de cada indivíduo e deve ser protegido.

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