Professores das Universidades Estaduais da Bahia paralisam atividades e realizam protesto no CAB

Docentes das universidades estaduais Uneb, Uefs, Uesb e Uesc paralisam atividades e cobram negociações com o governo estadual.

Nesta quinta-feira (18), professores das universidades estaduais Uneb, Uefs, Uesb e Uesc realizaram uma paralisação de 24 horas e um protesto em frente à Governadoria, localizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. O motivo do protesto é a busca por melhores condições salariais e a abertura de negociações com o governo estadual.

Sob o lema “Não queremos viver pela metade”, os docentes reivindicam a equiparação salarial e denunciam as perdas salariais que vêm sofrendo desde 2015. Segundo eles, algumas categorias enfrentam uma redução de quase 50% do poder de compra de seus salários devido à falta de reajustes.

Professores fazem paralisação. Foto: divulgação
Professores fazem paralisação. Foto: divulgação

Além da questão salarial, os professores criticam a retirada de direitos trabalhistas, o desmonte do Planserv e a falta de reajuste no vale-refeição, entre outras demandas. Para Clóvis Piáu, coordenador geral da Aduneb (sindicato dos docentes da Uneb), o governo estadual tem se mostrado pouco receptivo às reivindicações da categoria.

“Desde o início do governo de Jerônimo Rodrigues, os docentes buscam negociação, mas não são recebidos adequadamente. A pauta de reivindicações já foi protocolada diversas vezes, mas até o momento as representações do Palácio de Ondina apenas recebem a comissão de docentes para o que chamam de ‘mesa de diálogo’, sem que ela tenha um caráter de negociação”, afirmou Piáu.

O protesto dos professores das universidades estaduais da Bahia reflete uma insatisfação crescente dentro da categoria, que se sente desvalorizada e negligenciada pelo governo. A falta de diálogo e a ausência de medidas concretas para resolver as demandas dos docentes têm gerado um clima de tensão e mobilização entre os profissionais da educação.

Diante desse cenário, os professores reiteram a importância de uma mesa de negociação efetiva com o governo estadual para discutir não apenas a questão salarial, mas também outras demandas fundamentais para a valorização da categoria e a qualidade do ensino nas universidades estaduais da Bahia. O movimento dos docentes segue em curso, enquanto aguardam uma resposta concreta por parte das autoridades.

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