Policiais militares envolvidos no caso menino Joel irão a júri popular

Família e comunidade clamam por justiça após mais de 13 anos da morte trágica no Nordeste de Amaralina.

Após mais de uma década de espera, um capítulo crucial se aproxima no caso do menino Joel da Conceição Castro, de 10 anos, que chocou a comunidade do Nordeste de Amaralina e mobilizou a opinião pública. Os policiais militares envolvidos na morte do menino finalmente enfrentarão o julgamento em um júri popular, marcado para o dia 6 de maio deste ano.

Joel foi morto quando se preparava para dormir em casa, durante uma ação policial no Nordeste de Amaralina em 2010. Serão julgados no Fórum Ruy Barbosa o tenente Alexinaldo Santana Souza e o ex-soldado Eraldo Menezes de Souza, que, nos autos, confessou ter efetuado o tiro que atingiu o menino Joel – a versão foi confirmada pela perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Joel estava em casa, quando foi assassinado em 2010. Foto: reprodução
Joel estava em casa, quando foi assassinado em 2010. Foto: reprodução

O tenente foi também pronunciado pela Justiça, porque comandava a ação e estava ao lado do Eraldo quando houve os disparos, que invadiram a casa do menino, em 21 de novembro de 2010.

O caso remonta a um trágico episódio ocorrido há mais de 13 anos, quando o menino Joel, residente do bairro Espera, foi vítima de uma operação policial. Desde então, a família do garoto e a comunidade local têm lutado incansavelmente por justiça, buscando respostas e responsabilização pelos envolvidos na tragédia.

O julgamento dos policiais militares é um marco importante nessa jornada por justiça. A família de Joel espera que o júri popular seja capaz de oferecer uma conclusão justa e adequada para o caso, honrando a memória do menino e trazendo um senso de paz e encerramento para aqueles que o amavam.

Caso menino Joel irá a juri popular. Foto: Marina Silva/reprodução
Caso menino Joel irá a juri popular. Foto: Marina Silva/reprodução

Em declarações emocionadas, membros da família de Joel expressaram sua angústia e determinação em busca de justiça. O irmão do menino, que agora reside na Irlanda, compartilhou sua dor e seu desejo por um desfecho adequado para o caso. “Meu irmão precisa ser honrado com justiça. É isso que queremos”, afirmou ele.

Além da família, a comunidade do Nordeste de Amaralina também se mobilizou em apoio ao caso. Líderes locais e membros da comunidade expressaram seu clamor por justiça e sua esperança de que o julgamento possa trazer um sentido de paz e justiça para todos os envolvidos.

O caso do menino Joel ressoa como um lembrete trágico dos desafios enfrentados por muitas comunidades em todo o país. É um lembrete da importância de garantir a responsabilização e a transparência em todas as interações entre as forças policiais e as comunidades que servem.

À medida que a data do julgamento se aproxima, a atenção da comunidade e da imprensa está mais uma vez voltada para este caso emblemático. O julgamento dos policiais militares envolvidos na morte do menino Joel representa um momento crucial na busca por justiça e prestação de contas.

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