Ordem para triplo homicídio e morte de PM em Salvador partiu de presídios, diz polícia

De acordo com informações da polícia, os detentos estavam encabeçando ataques a tiros em todo o estado, e uma das últimas ordens de morte partiu de dentro do sistema prisional.

As forças de segurança da Bahia transferiram presos de penitenciárias de Salvador e do interior durante uma operação realizada nesta quarta-feira (8). De acordo com informações da polícia, os detentos estavam encabeçando ataques a tiros em todo o estado, e uma das últimas ordens de morte partiu de dentro do sistema prisional. A do policial militar Gustavo Gonzaga da Silva, de 44 anos, que foi morto na madrugada do dia 9 de junho de 2018, no fim de linha da Santa Cruz.

Gonzaga morreu com requintes de crueldade. Ele teve a língua, orelhas e mão direita decepados, além dos olhos e mandíbulas arrancados. A polícia não informou o motivo da execução. Durante uma coletiva à imprensa nesta quarta-feira, o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, afirmou que os detentos transferidos foram identificados como lideranças que exerciam influência dentro dos presídios onde cumpriam pena.

Segundo a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, os detentos se comunicavam com o mundo exterior por meio de visitas de familiares. Os presos fazem parte de pelo menos cinco facções, mas as autoridades optaram por não informar os nomes dos grupos criminosos “por questões de segurança”. A polícia afirma que as ordens para os ataques a tiros e homicídios em todo o estado partiram desses presos, que continuavam a exercer influência dentro das penitenciárias.

Um dos últimos ataques aconteceu na segunda-feira (8), em São Cristóvão, quando três pessoas, entre elas uma mulher, foram mortas a tiros na Rua Leste. A polícia acredita que a ordem para o triplo homicídio também partiu de presidiários. As forças de segurança continuarão a investigar os crimes e a monitorar as atividades das facções criminosas dentro dos presídios baianos.

google newa
+

Relacionadas