Mário Brasil revela verdade sobre pagode baiano: baixos ganhos e ostentação ilusória dominam o cenário musical

Mário Brasil expõe as dificuldades financeiras enfrentadas por músicos de pagode em entrevista recente.

Em uma entrevista franca, o cantor Mário Brasil levantou questões pertinentes sobre a situação econômica dos músicos de pagode, particularmente aqueles que, apesar de uma agenda cheia de shows, enfrentam grandes dificuldades financeiras. O artista abordou a aparente ostentação de alguns colegas, que não condiz com a realidade dos ganhos na indústria.

Mário Brasil destacou que, mesmo quando a banda ou o gênero musical está em alta, e os pagamentos parecem generosos, a realidade nos bastidores é muitas vezes diferente. Ele mencionou que, em períodos de menor popularidade, os músicos enfrentam uma disparidade significativa nos ganhos. Citou casos em que músicos precisam dividir cachês baixos, como R$1.200 para toda a banda, o que acaba resultando em uma remuneração insuficiente para cobrir despesas básicas.

A questão dos custos de transporte também foi um ponto crítico na discussão. Mário Brasil exemplificou com o alto custo de aluguel de vans em Salvador, que pode chegar a R$900, impactando diretamente no lucro dos músicos após os eventos. Isso ilustra como as despesas operacionais podem absorver uma grande parte dos ganhos, deixando pouco para os artistas.

Mário Brasil revela verdade sobre pagode baiano: baixos ganhos e ostentação ilusória dominam o cenário musical
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O pagodeiro também criticou a postura de alguns colegas que usam as redes sociais para ostentar uma falsa prosperidade. Segundo ele, há artistas que promovem imagens de sucesso e agendas cheias, mas que na prática, acabam com um retorno financeiro muito abaixo do esperado após os custos de suas apresentações.

Mário expressou um desejo de mudança na indústria, onde ele poderia, sob melhores condições financeiras, produzir música de maneira mais sustentável e justa para todos os envolvidos. Seu objetivo é garantir que todos os músicos sejam remunerados de forma justa pelo seu trabalho, refletindo o valor real de suas contribuições à cultura musical brasileira.

O depoimento de Mário Brasil revela os desafios enfrentados por músicos de pagode e a necessidade de uma discussão mais ampla sobre as condições de trabalho e remuneração justa no cenário musical brasileiro.

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