Professores da rede estadual na Bahia decidiram paralisar suas atividades por 48 horas em busca de melhores condições salariais e planos de carreira. A decisão foi tomada após uma assembleia realizada pela APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia), onde a proposta de reajuste salarial oferecida pelo governo foi rejeitada por 90% dos presentes.
Segundo Rafael Marx, representante da categoria, a paralisação é uma resposta à falta de avanços nas negociações com o governo. Os professores reivindicam não apenas um reajuste de 10% nos salários, mas também a reestruturação dos planos de carreira, o pagamento imediato da terceira parcela dos precatórios e a votação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental (FUNDEF) na Assembleia Legislativa.
A proposta de reajuste salarial feita pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia, de 5,69%, foi considerada insuficiente pela categoria, que decidiu pela paralisação como forma de pressionar por melhores condições de trabalho.
Em nota oficial, a Secretaria de Educação afirmou estar aberta ao diálogo e respeitar o direito à manifestação dos professores, destacando o compromisso em buscar soluções para atender às demandas da categoria.
Durante os dois dias de paralisação, os professores promoverão atos e manifestações em diversas escolas e centros educacionais do estado, buscando sensibilizar a comunidade e o governo sobre a importância de investimentos na educação e valorização dos profissionais da área.
A expectativa é de que as negociações entre o sindicato e o governo avancem nos próximos dias, visando alcançar um acordo que atenda às demandas dos professores e garanta uma educação de qualidade para todos os estudantes da Bahia.
Miquéias Santos é um jornalista focado em cobrir as principais notícias de Salvador, destacando-se por seu compromisso em trazer informações atualizadas e relevantes sobre a cidade e seus acontecimentos.