Funcionários da Contax fazem protesto em Salvador por conta de perda de direitos

Trabalhadores da Contax paralisam atividades e denunciam descontos abusivos e violações trabalhistas em meio a negociações tensas.

Os funcionários da empresa Contax Center paralisaram suas atividades nesta terça-feira(30), em protesto contra práticas consideradas abusivas pela administração. A greve, que já foi oficialmente aprovada pelo sindicato, surge como resposta a uma série de descontos injustificados em salários, além de outras questões que afetam as condições de trabalho.

Marcelo, um dos funcionários afetados, relata que a situação se agrava desde 2022, quando a empresa começou a fazer cobranças que podem chegar a R$4.000, sob justificativas pouco claras. “Estamos exigindo um retorno que há quase dois anos é negado”, afirma ele, destacando a falta de transparência e o desrespeito com que os casos são tratados.

O clima dentro da Contax é de total insatisfação. Adriana, outra funcionária, descreve como foram surpreendidos com documentos que, ao serem assinados, impunham perdas significativas de direitos trabalhistas. “Perdi 85% dos meus direitos. E agora, querem descontar quase R$700 do meu salário para cobrir custos de férias e décimo terceiro que são nossos por direito”, explica Adriana, visivelmente frustrada.

Imagem: Alô Juca

A situação chegou ao limite quando, nesta manhã, os funcionários foram confrontados com uma nova política de descontos retroativos relacionados ao FGTS e antecipação de férias. Larissa, uma das afetadas, comenta: “É um assalto ao nosso bolso. Todos os meses surgem novos descontos, e ainda assim, estamos há meses sem reajuste salarial ou benefícios”.

O sindicato representante dos trabalhadores já convocou uma mediação para discutir essas práticas com a direção da empresa. A reunião está marcada para as 14h, e há uma grande expectativa por parte dos funcionários para que suas vozes sejam finalmente ouvidas.

Esta não é a primeira vez que a Call Center enfrenta polêmicas relacionadas ao tratamento de seus funcionários. Questões de não pagamento de FGTS e ausência de reajustes salariais são recorrentes, colocando a empresa frequentemente no centro de debates sobre ética empresarial e direitos trabalhistas.

Os trabalhadores, homens e mulheres que dependem do salário mínimo para sustentar suas famílias, expressam um claro descontentamento e exigem mudanças imediatas. A greve se estende até que haja um acordo satisfatório, prometendo ser um marco na luta por direitos trabalhistas na região.

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