Ciclistas exigem justiça e segurança após trágica perda em Salvador

Em resposta ao aumento de acidentes fatais, ciclistas de Salvador realizam protesto marcante por mais segurança e justiça.

Em uma manifestação emocionante e carregada de simbolismo, dezenas de ciclistas tomaram as principais vias de Salvador neste último sábado, clamando por maior segurança e justiça no trânsito. O protesto foi motivado pela morte trágica de Felipe Mafra, um engenheiro e atleta profissional de 35 anos, que foi fatalmente atropelado enquanto pedalava no acostamento da rodovia BA 548.

Portando balões brancos e faixas pretas, os manifestantes percorreram 11 km sob chuva, da Avenida Magalhães Neto até o Farol da Barra, numa demonstração de resiliência e determinação. “Não queremos apenas compartilhar a estrada; queremos o direito de treinar e viver em segurança”, declarou uma participante visivelmente abalada.

O protesto também serviu para reforçar a demanda pela aprovação do projeto de lei número 142/2021, que visa estabelecer áreas protegidas para ciclistas em horários específicos do dia, principalmente nas primeiras horas da manhã. Essa medida é vista como essencial para evitar mais perdas, como destacou Tácio Vieira, amigo de Felipe: “Estamos aqui para fazer o que amamos, sem perder mais vidas para a imprudência no trânsito”.

Esta não é uma luta isolada. Recentemente, outros trágicos incidentes envolvendo ciclistas foram registrados nas rodovias da Bahia, como os casos de Eliene Ferreira Carvalho e Thales Pinheiro dos Anjos. Essas mortes ressaltam a urgência de um trânsito mais humano e paciente, onde a compaixão prevaleça sobre a pressa.

A crescente comunidade ciclística da capital baiana, apoiada pela Federação de Ciclismo, identificou pontos críticos e está ativamente envolvida na campanha por mudanças significativas. Enquanto isso, a população local é chamada a refletir sobre a coexistência pacífica entre diferentes usuários da via.

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