Cesta básica de Salvador tem alta de 1,59% em abril: cebola e tomate disparam

A pesquisa, conduzida pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), revela os impactos das condições climáticas e da oferta e demanda nos preços dos alimentos.

No mês de abril de 2024, os moradores de Salvador enfrentaram um aumento significativo no custo da cesta básica. De acordo com os dados divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a cesta básica da capital baiana registrou uma elevação de 1,59% em relação ao mês anterior, alcançando o valor de R$ 594,89.

Essa alta nos preços dos itens essenciais para a alimentação das famílias soteropolitanas foi resultado de uma série de fatores. Primeiramente, a pesquisa da SEI, que coletou informações de 2.822 cotações de preços em 98 estabelecimentos comerciais, incluindo supermercados, açougues, padarias e feiras livres, revelou que 11 dos 25 produtos que compõem a cesta básica apresentaram aumento nos preços.

A Cebola foi o principal vilão do aumento da cesta básica em Salvador. Reprodução
A Cebola foi o principal vilão do aumento da cesta básica em Salvador. Reprodução

Entre os itens que mais contribuíram para esse aumento, destacam-se o tomate, com uma elevação de 30,95%, e a cebola, com aumento de 28,20%. Além disso, produtos como açúcar cristal, óleo de soja e café moído também registraram aumentos significativos nos preços.

Diversos fatores foram apontados como responsáveis por essas elevações de preço. No caso do tomate, por exemplo, a finalização da safra de verão e a ação da mosca branca, uma praga que afetou as lavouras em São Paulo, principal produtor do país, foram os principais motivos para o aumento nos preços.

Já a cebola teve seu preço elevado devido às fortes chuvas que atingiram o Vale do São Francisco, prejudicando o desenvolvimento do bulbo. Além disso, os prejuízos causados pelo El Niño em safras anteriores continuaram a impactar a oferta do produto.

Outros produtos, como o açúcar, tiveram seus preços influenciados pela baixa oferta resultante do período de entressafra e pelas cotações em alta no mercado internacional. Por outro lado, itens como a carne bovina e o flocão de milho registraram queda nos preços devido à baixa demanda e à boa performance da oferta nacional e internacional, respectivamente.

Diante desse cenário, os consumidores soteropolitanos enfrentam um desafio adicional em meio às dificuldades econômicas enfrentadas pelo país. A alta nos preços dos alimentos básicos coloca uma pressão adicional sobre o orçamento das famílias, que precisam buscar alternativas para garantir sua segurança alimentar em tempos de instabilidade econômica.

Nesse contexto, medidas que visem a melhoria da produção e distribuição de alimentos básicos se tornam cada vez mais urgentes, a fim de garantir o acesso da população a uma alimentação adequada e saudável, mesmo em momentos de crise econômica.

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