Baianas de acarajé lutam por reconhecimento como Patrimônio Cultural Brasileiro

A expectativa é que a mobilização reúna cerca de 150 baianas e gere grande repercussão na mídia.

Em um ato simbólico e com grande expectativa, baianas de todo o estado se reuniram em Salvador nesta segunda-feira (15) para reivindicar o reconhecimento do acarajé como Patrimônio Cultural Brasileiro. A mobilização, organizada pela Associação Nacional dos Baianos (ANABA), acontece meses após o Rio de Janeiro aprovar lei que abrange a produção e comercialização do acarajé como Patrimônio Histórico do estado fluminense.

“É estranho que algo que é naturalmente nosso tenha sido reconhecido por outro estado e não tenhamos dado nenhum passo nesse sentido”, afirmou Rita Santos, da ANABA, na abertura do evento “Bom Dia Bahia”, realizado na manhã de hoje.

Reconhecimento Nacional e Plano de Salvaguarda

Embora o acarajé já tenha sido reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil em 2012, a comunidade baiana busca um plano de salvaguarda mais abrangente e investimentos para fortalecer a tradição.

Foto:Costa do Saúípe Resort

“Precisamos criar um plano de salvaguarda para apresentar na UNESCO seja em 2025 ou 2026”, explica Rita Santos. “Para isso, precisamos de dinheiro que o IPHAN não tem. Precisamos do estado ou que esses deputados me ajudem com este orçamento para contratar uma empresa para criar este plano de salvaguarda a nível estatal para que possamos apresentar o Nesco para tornar o nosso Escritório um Património Mundial.”

Frente Parlamentar e Apoio Político

A mobilização também marca a posse da Frente Parlamentar em Defesa do Acarajé na Assembleia Legislativa da Bahia. Composta por 22 deputadas, a frente busca promover políticas públicas para o fortalecimento da tradição e garantir o reconhecimento do acarajé como patrimônio cultural baiano.

“As baianas de Acarajé têm 22 deputadas também trabalhando em nome delas, reconhecendo o valor que essas mulheres têm no estado da Bahia, isso é muito importante”, destaca Rita Santos.

Além do reconhecimento cultural, a comunidade também busca soluções para problemas como a escassez de dendê, um ingrediente essencial na confecção do acarajé.

“Nosso estado hoje só produz 2% do dendê usado em todo o estado”, revela Rita Santos. “Vamos exigir também que o governo do estado mais uma vez olhe com outros olhos com os mesmos olhos que olha para o Cacau e que também venha e olhe os nossos na nossa plantação DND que tivemos em torno de 40 municípios plantando hoje chega a sete é uma pena a gente ter que usar o óleo de palma que vem de Belém do Pará como o nosso dendê.”

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