Acusada de matar a jovem Cristal durante assalto em Salvador é condenada a 24 anos de prisão

Em um caso que comoveu o Brasil, a justiça de Salvador condena mulher a 24 anos de prisão pelo homicídio da jovem Cristal Rodrigues Pacheco, em frente ao Palácio da Aclamação.

A cidade de Salvador foi palco de uma condenação emblemática nesta semana, quando uma mulher foi sentenciada a 24 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da adolescente Cristal Rodrigues Pacheco, ocorrido em agosto de 2022. O julgamento, que ocorreu em frente ao Palácio da Aclamação, local do crime, marcou um dos momentos mais tristes e comoventes da história recente da cidade.

Cristal, então com 15 anos, foi brutalmente atingida por um tiro no peito enquanto estava acompanhada de sua mãe, Sandra Rodrigues, e de sua irmã mais nova, em um dia que deveria ser de rotina escolar. A família morava perto da escola e foi surpreendida por Andrea Santos de Carvalho e Gilmara Brito, que, armadas e sob efeito de drogas, tentaram roubar os pertences das vítimas antes do disparo fatal.

Foto:Reprodução

Andrea confessou o crime no local, alegando que o tiro foi acidental, mas sua versão foi contestada durante o julgamento. A defesa argumentou que ela estava sob efeito de abstinência de drogas e fora de si no momento do crime. Gilmara Brito, também acusada de participação, já havia sido condenada anteriormente à mesma pena.

O caso gerou uma grande repercussão nacional, com coberturas extensivas na mídia local e debates acalorados sobre segurança pública e o tratamento de dependentes químicos. Em entrevista, a mãe da vítima, Sandra Rodrigues, expressou o inenarrável sofrimento de perder uma filha de forma tão trágica e abrupta. “Não consigo esquecer o dia em que, sob um céu ensolarado, caminhávamos para a escola e fomos abordadas com tamanha brutalidade”, disse ela, emocionada.

A condenação de Andrea Santos de Carvalho representa um marco na busca por justiça para a família de Cristal e reacende a discussão sobre as medidas necessárias para enfrentar a criminalidade e a dependência de drogas na região. A defesa de Andrea já anunciou que vai recorrer da sentença, esperando um novo capítulo neste doloroso episódio.

Enquanto a comunidade ainda lamenta a perda de Cristal, a sentença serve como um lembrete sombrio da realidade que muitas famílias enfrentam diariamente nas ruas de Salvador, e reforça o clamor por mais segurança e programas eficazes de tratamento para dependência química.

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