Na tarde desta terça-feira, 14 de janeiro, Salvador registrou dois assassinatos no Subúrbio Ferroviário, áreas históricas da capital baiana que enfrentam crescente violência. O Alto do Cabrito e Periperi foram palco de execuções que refletem a situação alarmante de criminalidade e tráfico de drogas nessas regiões. A violência, que tem se intensificado nos últimos meses, leva moradores a temer por suas vidas e revela a dificuldade das autoridades em combater o crime nessas áreas.
Execuções no Alto do Cabrito e Periperi
O primeiro caso ocorreu no Alto do Cabrito, onde Felipe, um jovem de 23 anos, foi assassinado com mais de 10 disparos de arma de fogo. O crime chocou a comunidade, especialmente porque Felipe era conhecido como um jovem trabalhador e de boa índole. Seu avô, morador antigo da região, relatou com tristeza que o neto sempre foi um bom filho e trabalhador, mas não conseguiu evitar o destino trágico. O avô, que esteve com Felipe pouco antes da tragédia, afirmou: “Se conselho fosse bom, vendia, mas nem isso adianta. A violência aqui é cada vez maior, e ninguém faz nada.”
De acordo com informações preliminares, os criminosos responsáveis pela execução seriam traficantes da região, o que evidencia a relação entre o tráfico de drogas e os assassinatos no Subúrbio Ferroviário. O crime ocorreu no meio da tarde, em plena luz do dia, o que agrava ainda mais o clima de insegurança na área.
Enquanto isso, em Periperi, outro assassinato marcou o dia. João, um homem de pouco mais de 40 anos, foi morto enquanto saía de casa para comprar frutas. Sua esposa, visivelmente abalada, relatou que ele tinha saído para comprar uma goiaba, mas não retornou. A cena do crime, com cápsulas de pistola espalhadas pelo chão e algumas frutas próximas, chocou os moradores e levantou suspeitas sobre a motivação do assassinato, que também pode estar ligado ao tráfico de drogas. Assim como o caso de Felipe, a polícia ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre o caso até o momento.
A Violência no Subúrbio Ferroviário
Esses crimes são apenas mais dois exemplos de um padrão crescente de violência nas comunidades do Subúrbio Ferroviário, onde o tráfico de drogas domina grande parte da dinâmica social e econômica. As vítimas, muitas vezes, são pessoas simples, que buscam apenas viver suas vidas, mas acabam se tornando alvos de uma violência implacável.
A falta de policiamento efetivo, a presença de facções criminosas e a dificuldade em implantar políticas públicas que ofereçam alternativas para os jovens dessas comunidades contribuem para a perpetuação da violência. Os moradores do Subúrbio Ferroviário, que em sua maioria vivem em condições precárias, continuam a clamar por uma maior presença do Estado e por ações que possam transformar a realidade dessas regiões.
Enquanto as investigações seguem em busca dos responsáveis, o medo e a sensação de impunidade continuam a dominar o cotidiano desses bairros, que já estão habituados a cenas de violência, mas que, mesmo assim, mantêm a esperança de um dia poder viver em paz.
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