O projeto de um trem regional ligando Salvador a Feira de Santana, uma iniciativa que pode transformar a mobilidade entre os dois maiores municípios da Bahia, está cada vez mais próximo de se tornar realidade. Um grupo de estudos, formado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR) e pelo Ministério dos Transportes, está avaliando a proposta da CCR Metrô, concessionária responsável pelo sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas. A previsão é que o estudo de viabilidade seja concluído nos próximos oito meses.
Segundo Jusmari Oliveira, titular da SEDUR, o projeto envolve uma possível Parceria Público-Privada (PPP) para financiar a obra, cujo valor estimado é de R$ 2,6 bilhões. Além de conectar Salvador e Feira de Santana, o trem regional beneficiaria cerca de 4 milhões de pessoas, incluindo as populações de cidades como Simões Filho e Candeias, que estão no trajeto.
O trem, que poderia ser concluído em até cinco anos após o início das obras, promete reduzir significativamente o tempo de viagem entre Salvador e Feira de Santana, percorrendo os 103 quilômetros em cerca de 45 minutos. Atualmente, o trajeto feito pela BR-324 leva, em média, 1 hora e 30 minutos.
Além dos benefícios na mobilidade, o projeto também visa impulsionar o desenvolvimento econômico na região, abrangendo setores como comércio, serviços e o mercado imobiliário, conforme aponta a CCR Metrô. Feira de Santana, que é um importante entroncamento rodoviário do país, seria o ponto final do trajeto, com a possibilidade de expansões futuras rumo ao Nordeste, podendo chegar até Aracaju, em Sergipe.
A proposta de um trem regional já fazia parte do plano de governo de Jerônimo Rodrigues durante sua campanha para governador, quando ele prometeu estudos para uma linha férrea que ligaria Salvador a Feira de Santana e, futuramente, à Chapada Diamantina. Agora, o projeto ganha novos contornos com o envolvimento do governo federal e de parceiros privados.
A expectativa é alta para a viabilização da obra, que promete não apenas facilitar o transporte entre as cidades, mas também ser um marco no desenvolvimento da infraestrutura ferroviária na Bahia.
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