Uma megaoperação policial realizada nesta segunda-feira (21) no Conjunto Penal de Feira de Santana, na Bahia, mobilizou 250 policiais militares e civis, com o objetivo de interromper a comunicação entre internos e membros de facções criminosas do lado de fora. A ação contou com a participação de diversas forças, incluindo a Companhia Independente de Policiamento Tático (Rondesp Leste), o Batalhão de Choque e a Cavalaria, além de agentes da Polícia Civil.
De acordo com a Polícia Militar, a operação foi motivada pela suspeita de que ordens para execuções e outros crimes estavam sendo emitidas por detentos do presídio. As investigações apontam que líderes de facções utilizavam celulares dentro da unidade para coordenar ações criminosas fora dos muros do presídio.
Durante a operação, foram apreendidos diversos celulares, além de drogas como maconha e cocaína. “Nosso objetivo é cortar essa comunicação que tem facilitado o aumento da violência e homicídios na cidade,” declarou um oficial da Polícia Militar. Feira de Santana tem enfrentado uma onda de crimes violentos nas últimas semanas, e parte dessas ações estaria sendo comandada de dentro do sistema prisional.
Embora bloqueadores de celulares sejam usados no presídio, as autoridades destacaram que a tecnologia ainda enfrenta desafios, já que bloquear completamente os sinais pode prejudicar a comunicação de moradores e trabalhadores da região. “Ainda que instalemos bloqueadores, a modulação correta é difícil de alcançar, e isso acaba interferindo nas comunicações legítimas fora do perímetro prisional,” explicou o porta-voz da operação.
Além da operação em Feira de Santana, ações semelhantes já foram realizadas em outras cidades do estado, como Itabuna e Valença. O foco é conter a comunicação ilícita entre detentos e suas redes externas, que continuam a usar a tecnologia para facilitar crimes, mesmo encarcerados.
A megaoperação é parte de uma estratégia mais ampla do Ministério Público e da Polícia Militar, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), para endurecer o controle dentro das unidades prisionais e reduzir o impacto da criminalidade na cidade.
A operação, que durou várias horas, foi considerada um sucesso pelas autoridades, mas as investigações continuam para identificar todos os envolvidos nas atividades criminosas.
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