Salvador, conhecida por suas belezas naturais, cultura vibrante e hospitalidade, enfrenta uma queixa constante entre turistas: o assédio de vendedores ambulantes nos pontos turísticos. Ano após ano, essa situação parece ser uma constante para quem visita a cidade, especialmente em locais como o Pelourinho, onde a insistência dos ambulantes tem gerado desconforto para muitos.
A capital baiana, famosa por suas paisagens deslumbrantes e pratos típicos irresistíveis, é um destino turístico disputado. No entanto, o que muitos turistas não esperam é a abordagem invasiva de vendedores ambulantes, que frequentemente se aproximam oferecendo desde fitinhas do Bonfim até pinturas da Timbalada. A maioria dos vendedores, que depende da atividade para garantir o sustento, se esforça para vender seus produtos, mas a maneira como alguns agem acaba criando um ambiente desconfortável, sendo motivo de reclamações frequentes.
Turistas, como a arquiteta que recentemente visitou Salvador, relatam situações constrangedoras. Ela foi abordada por um ambulante que, ao tentar vender uma pintura no corpo, alegou que a tinta era “antialérgica” – algo que acabou resultando em uma forte reação alérgica, levando-a a procurar atendimento médico. Outros visitantes relatam ser puxados pelos braços, intimidados a comprar ou até a fazer pagamentos via Pix, com valores que variam entre R$ 150 e R$ 200. Para muitos, essas abordagens se tornam uma experiência negativa, que ofusca as belas memórias da cidade.
No entanto, nem todos os vendedores ambulantes adotam essa postura invasiva. Existem aqueles que, com simpatia e respeito, conseguem conquistar a preferência dos turistas. Lidiane, uma turista que foi atendida por um ambulante em Salvador, afirmou que a abordagem educada e cordial fez toda a diferença, destacando a importância da maneira como os vendedores se apresentam aos clientes.
A Prefeitura de Salvador tem se mobilizado para lidar com essa questão. Em entrevista, representantes da prefeitura explicaram que os vendedores ambulantes passam por treinamentos específicos para garantir que o atendimento seja mais focado na hospitalidade, respeitando a liberdade dos turistas. Quando ocorrem abusos ou práticas de assédio, a fiscalização é realizada, podendo resultar na perda da licença para exercer a atividade por até 12 meses.
A ideia é que, em vez de um ambiente de pressão e desconforto, o que se crie é uma relação mais amigável entre os trabalhadores ambulantes e os turistas, transformando o atendimento em mais uma forma de hospitalidade genuína da Bahia. Afinal, o trabalho dos vendedores ambulantes, que muitas vezes oferece produtos culturais e exclusivos, também pode ser uma importante fonte de renda para muitos, sendo vital para a economia local.
Porém, a prefeitura enfatiza que, para que essa transformação aconteça, é necessário que o respeito mútuo seja mantido. O que todos desejam é que Salvador continue sendo um lugar encantador, onde a simpatia e o acolhimento dos baianos se sobreponham a qualquer forma de assédio, garantindo que a experiência dos turistas seja realmente inesquecível, mas de uma forma positiva.
Em suma, a cidade precisa aprender a equilibrar o empreendedorismo dos vendedores ambulantes com o conforto e a liberdade dos turistas, garantindo uma experiência que seja boa para todos os envolvidos.
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