Um procedimento que deveria salvar uma vida tornou-se um pesadelo para um paciente de Salvador, que contraiu HIV após um transplante de coração realizado no Rio de Janeiro. A cirurgia, que ocorreu em janeiro deste ano, inicialmente trouxe alívio para o homem de 63 anos e sua família. No entanto, a alegria durou pouco quando ele foi diagnosticado com o vírus, tornando-se o primeiro entre seis pacientes infectados em circunstâncias semelhantes.
O filho do paciente, em depoimento emocionado, relatou a falta de apoio do Ministério da Saúde, com exceção de uma breve interação com a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, que se limitou a oferecer medicamentos. “Receber a medicação é o mínimo. Eles cometeram um erro que alterou nossa vida e não mostram responsabilidade adequada”, desabafou, optando por manter sua identidade em anonimato.
O medicamento utilizado para controlar o HIV acabou por prejudicar os rins do paciente, que já apresentavam problemas anteriores. Com a saúde debilitada, ele agora enfrenta a possibilidade de necessitar de hemodiálise ou até de um novo transplante.
Os primeiros sintomas do HIV surgiram logo após a cirurgia, com perda de apetite e peso, além de lesões visíveis no braço e pescoço. A condição do paciente piorou significativamente até maio, quando uma nova internação foi necessária devido ao comprometimento extremo de seu sistema imunológico. Após sete meses de incertezas e sofrimento sem um diagnóstico claro, um infectologista em Salvador finalmente confirmou a infecção por HIV.
A situação trouxe grandes mudanças na vida do paciente, que, além das complicações físicas, desenvolveu fobias e teve seu estado mental gravemente afetado. “Ele não sai mais de casa e parou de dirigir. O impacto foi devastador”, relata o filho.
Este caso ressalta as graves consequências de falhas nos procedimentos médicos e na falta de acompanhamento adequado por parte das autoridades de saúde. A família agora busca justiça e medidas para que erros dessa gravidade não se repitam.
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